Brasil Futuro
Estudo pioneiro vai investigar os impactos das mudanças climáticas na saúde mental dos brasileiros
Os resultados do estudo também servirão como subsídio para iniciativas empresariais mais conscientes e sustentáveis
17/07/2025 13h02
Por: Ana Palma Fonte: Natura

A Natura, em parceria com a Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, acaba de anunciar uma iniciativa inédita na América Latina: um estudo que vai avaliar como as alterações climáticas afetam o bem-estar e a saúde mental da população brasileira. A pesquisa propõe um olhar aprofundado sobre temas como ansiedade climática, angústia emocional e os efeitos da degradação ambiental no cotidiano das pessoas.

Um dos destaques do projeto é a validação da primeira escala brasileira de bem-estar ambiental vinculada à natureza. A metodologia é inspirada na Brief Solastalgia Scale (BSS), desenvolvida em 2024 na Austrália, e adaptada à realidade sociocultural brasileira.

Segundo Tatiana Ponce, vice-presidente de marketing e líder de P&D da Natura e Avon, o agravamento da crise ambiental impacta diretamente não apenas o meio ambiente, mas também as emoções e a saúde mental das pessoas. “Lidamos com perdas, medos e sentimentos de impotência diante da magnitude das mudanças climáticas. No Brasil, a diversidade dos biomas e a intensidade das pressões ambientais criam um cenário único para se compreender os efeitos disso no bem-estar mental das comunidades”, destaca.

A proposta do estudo vai além da análise emocional. A pesquisa também irá mapear hábitos de consumo sustentável e suas possíveis conexões com indicadores emocionais e até biomarcadores vocais. A coleta de dados será feita por meio de um questionário digital aplicado via chatbot, com expectativa inicial de participação de mil pessoas, abrangendo posteriormente diferentes regiões e perfis populacionais.

Para o Dr. Lucas Murrins Marques, pesquisador da Santa Casa de São Paulo, compreender essas emoções é fundamental diante da realidade atual. “Sofrimento ambiental, solastalgia, ansiedade climática… todos esses termos buscam nomear o impacto emocional causado pelas transformações do ambiente em que vivemos”, explica.

Resultados que podem orientar cuidados e políticas sustentáveis

Além de contribuir para estratégias de prevenção em saúde mental, os resultados do estudo também servirão como subsídio para iniciativas empresariais mais conscientes e sustentáveis. A Natura pretende utilizar os dados como base para desenvolver soluções que fortaleçam seu conceito de “Bem Estar Bem” — que busca o equilíbrio do indivíduo com ele mesmo, com os outros e com o planeta.

O cuidado integral tem sido uma das apostas da marca, especialmente após os desafios evidenciados na pandemia, como a estafa mental e a privação do sono. Linhas como Tododia Todanoite e Tododia Energia já incorporam tecnologias validadas por institutos especializados, como o Instituto do Sono, com foco na melhora da qualidade de vida e na promoção da saúde emocional.

Ecoansiedade e o papel do consumo consciente

Com as mudanças climáticas cada vez mais presentes no dia a dia, cresce também a chamada ecoansiedade. Embora não seja possível eliminar completamente esse sentimento, atitudes como o consumo consciente, o apoio a empresas comprometidas com práticas sustentáveis e o engajamento em ações ambientais podem ajudar a reduzir seus efeitos.

Reconhecida globalmente por seu compromisso com a sustentabilidade, a Natura foi a primeira empresa de capital aberto no mundo a conquistar a certificação de Empresa B, concedida pelo B Lab. A companhia atua com metas ambiciosas: pretende se tornar um negócio regenerativo até 2050 e alcançar, até 2030, um impacto socioambiental positivo quatro vezes maior que sua própria receita líquida. Hoje, para cada R$ 1 gerado, R$ 2,50 retornam à sociedade e ao meio ambiente por meio de ações sustentáveis.

Sobre a Natura

Fundada em 1969, a Natura é líder no segmento de cosméticos e cuidados pessoais na América Latina. Reconhecida por sua reputação e práticas ESG, mantém uma trajetória de mais de 25 anos em parceria com comunidades extrativistas na Amazônia, beneficiando milhares de famílias e ajudando a conservar mais de 2 milhões de hectares de floresta. Seus produtos estão disponíveis em 14 países da América Latina, sendo comercializados por meio de mais de 3 milhões de consultoras, além do e-commerce, aplicativo e lojas físicas.