POLÍTICA

Riedel chega a 100 dias em busca de parceria para obras de infraestrutura e sem grandes problemas políticos

O governador Eduardo Riedel (PSDB) completa 100 dias de governo sob sua responsabilidade nesta segunda-feira (10). Os primeiros dias foram marcados por tranquilidade no governo, com pequenas mudanças e muito estudo para os próximos passos da gestão.

Riedel já participava do governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), onde esteve à frente de diversas secretarias e atuando na tomada de diversas decisões, o que economizou tempo para planejar projetos que demandarão mais energia e investimento. Assim, nos primeiros meses, se concentrou em buscar recursos com o Governo Federal para projetos considerados importantes para o desenvolvimento do Estado.

Acompanhado da ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, Riedel participou de diversos encontros para fechar parcerias para estas obras consideradas prioridade. Em agenda no Ministério dos Transportes, no dia 10 de fevereiro, uma importante conquista, com a garantia de um repasse de R$ 984 milhões para manutenção de estradas federais, estaduais e a concretização da Rota Bioceânica. O investimento federal será usado na infraestrutura logística das rodovias que cortam o Estado, especialmente as BRs 262, 267 e 163, além do acesso à Rota Bioceânica.

Riedel também trabalha para o destravamento da Malha Oeste, considerado um projeto estratégico para o Estado. A estrada de ferro se estende desde Mairinque (SP) até Corumbá (MS), cortando Mato Grosso do Sul de Leste a Oeste. A previsão é de que no terceiro trimestre o edital já esteja publicado e o leilão aconteça no início do próximo ano. Todos estes projetos foram apresentados ao presidente Luís Inácio Lula da Silva (PT) como prioritários para o Governo de Mato Grosso do Sul.

Questão política

Riedel não enfrentou grandes problemas na questão política. O maior entrave ficou na composição inicial com o PT, antes de trazer o partido para a base de sustentação. Com a ajuda do deputado federal Vander Loubet, ele conseguiu contornar o desconforto com o deputado Zeca do PT e trouxe o partido para a sua base, fechando com 22 dos 24 deputados.

Se com o PT, adversário do PSDB por muitos anos, o clima é de paz, dentro de casa o governo tenta contornar desconforto com aliados. O deputado estadual Zé Teixeira (PSDB) reclamou da falta de espaço no governo e chegou a anunciar a saída do G8, bloco composto por deputados da base na Assembleia.

Zé Teixeira afirma que lideranças que trabalharam para Riedel não receberam de volta o espaço que tinham com Reinaldo Azambuja. A reclamação não é exclusiva de Zé Teixeira, mas ele foi o único a tratar do assunto publicamente. Para acabar com o problema, Riedel reuniu lideranças da Assembleia para informar que vai garantir mais espaço para a base no governo. Além disso, pretende se reunir bimestralmente com os deputados para afinarem o discurso e resolverem possíveis problemas.

Projetos de campanha

Riedel ainda não apresentou alguns projetos prometidos durante a campanha e que vão impactar principalmente a camada com menor renda na população. Entre os projetos, um que atinge diretamente a renda destas pessoas: reajuste de R$ 300 para R$ 450 no Mais Social, auxílio que chega a 87 mil famílias.

O projeto, que ganhou a preferência do eleitor no segundo turno, ainda assegurava a redução de impostos e asfalto para todas as ruas sem pavimentação dos municípios de Mato Grosso do Sul. Pelo menos nos 100 dias, ainda não há sinalização para o cumprimento destes compromissos.

Nos primeiros meses os secretários e principais lideranças assinaram o contrato de gestão, instrumento utilizado pelo governo para cobrar o cumprimento dos compromissos de governo. Após este período, de planejamento, a expetativa é de que o governo faça um balanço dos primeiros dias e apresente os próximos passos. A reportagem apurou que serão apresentados cinco ou seis eixos de projetos prioritários para o início, efetivo, do governo Riedel.

  1. Foto: Divulgação

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