Não vai longe o tempo em que a política no Mato Grosso do Sul recebia influência dos meios de comunicação. Rádio, e, principalmente, jornal impresso, eram os grandes responsáveis pelo assunto do dia. Peguei o finalzinho dessa época. Diário da Serra era só uma lembrança, e o Correio do Estado ficava mais magrinho, enquanto o Estado crescia parecendo ser seu sucessor.
Nos finais de semana, especificamente no domingo, a Afonso Pena era tomada pela A Crítica, Boca do Povo, O progresso, entre tantos outros que iam e vinham conforme se aproximavam as eleições. O ano deveria ser 2013, e lá se vão dez anos, e só percebi isso escrevendo esse texto. Tribuna Livre na FM Capital, ainda líder, e algum outro programa no mesmo horário que, dependendo da entrevista, até rivalizava.
Picarelli no rádio também já era uma vaga lembrança. Nesse ambiente, estreei na FM UCDB, sem saber, ou, sem mensurar, a importância de um microfone na política. Eis que o programa que apresentava pelas manhãs rendeu muita polêmica e logo “os padres” se incomodaram e fiquei sem esse microfone. Nem bem havia desfrutado direito do sucesso que ainda me surpreendia.
Mas, não demorou muito e fui para a FM Capital. Um horário novo para mim e uma rádio que na época era um canhão. Passei a ser assunto nas rodas de política com entrevistas diferenciadas, Ciro Gomes, Michel Temer, Fernando Collor, Jair Bolsonaro, esse por várias vezes, presidente Lula, isso para ficar só na política – nem citei todos os governadores, senadores e deputados do nosso Estado.
Confesso que era destemido, só não tinha coragem de falar de “jogo do bicho”, mas isso ninguém tinha mesmo. Hoje, nos sites, a nova febre, ninguém mais teme a família que comandou a política e a jogatina em nosso Estado. Confesso que tenho medo de cobra, mesmo que ela pareça estar morta.
Afastado dos microfones comerciais, e, cumprindo meu papel de comunicador na rádio pública, minha vida poderia estar tranquila. Até porque, estou enveredando para os lados da política partidária, bastidores, algo que sempre sonhei em fazer.
Porém, basta escrever algumas linhas ou gravar um vídeo que tudo começa, e não sei se tenho saúde mais para isso. Mas, são tantas informações que me chegam e tanta opinião que a gente “acerta na mosca”, que dá muita vontade de voltar ao cenário. E acho que isso pode acontecer da maneira que mais gosto, e que talvez surpreenda a muitos que acreditam que meu “esporte” preferido é o microfone. Pois, não é. O microfone me abriu todas as portas, mas, sempre gostei mesmo foi de escrever, desde antes da faculdade de jornalismo.
Agora enveredando para o direito, sim estou cursando, a leitura é indispensável, e quem lê muito sente essa necessidade maluca de escrever. Assunto não me falta. Informações pipocam na tela do meu whats. Então, sem obrigação de assiduidade, mas sempre com o compromisso com a informação de credibilidade e opinião isenta, não serão tão raros meus textos por aqui.
O assunto? Basicamente futebol e política, mas tenho assistido Terra e Paixão também. Para você que gosta de ler, seja bem-vindo a esse espaço aqui no CliqueNews e para você que não gosta, prometo alguns vídeos de vez em quando.
Por Joel Silva
Parabéns, Joel!
Bom na voz, bom na escrita! Muita competência e conhecimento pra ficar somente na voz!
Ganham os ouvintes, e-leitores, eleitores e os leitores!
Desejo-lhe mais sucesso!