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CMA cria subcomissão temporária sobre ativos ambientais brasileiros

Pedido de vista coletiva adiou para próxima semana votação do projeto sobre crédito de carbono.

 

A Comissão de Meio Ambiente (CMA) aprovou nesta quarta-feira (20) a instituição da Subcomissão Temporária sobre o Mercado de Ativos Ambientais Brasileiro, destinada a discutir e analisar esse mercado, que inclui créditos de carbono. Integrante da CMA, a senadora Tereza Cristina(MS), que é líder do PP, apoiou a iniciativa proposta pelo senador Jorge Kajuru (PSB-GO). “Vi o entusiasmo do senador com a subcomissão, que vai colaborar, e muito, com a CMA, não tenho dúvida. É um assunto tão pertinente, tão próprio para o momento que vivemos”, definiu Tereza Cristina.

A subcomissão terá cinco titulares e igual número de suplentes e prazo de funcionamento de 90 dias. O colegiado funcionará no âmbito da CMA. Segundo Kajuru, a criação da subcomissão é essencial para explorar e desenvolver políticas e estratégias relacionadas ao mercado de ativos ambientais, “considerando que o Brasil possui uma das maiores biodiversidades do mundo, além de possuir uma vasta extensão territorial composta por recursos naturais valiosos”.

A subcomissão deverá discutir e propor medidas regulatórias, incentivos econômicos e boas práticas para impulsionar esse mercado. Kajuru destacou que os ativos ambientais, como créditos de carbono, serviços ecossistêmicos e direitos de uso sustentável de recursos naturais, têm ganhado destaque nas discussões internacionais relacionadas à sustentabilidade.

Os senadores que apoiaram a criação da subcomissão defendem que o Senado Federal assuma uma postura proativa na elaboração de políticas públicas relacionadas a esse mercado emergente, a fim de promover o desenvolvimento econômico aliado à conservação ambiental. Para isso, a subcomissão poderá acompanhar projetos de lei, propor debates e audiências públicas, bem como fornecer subsídios técnicos para a tomada de decisões futuras.

Mercado de carbono

Apresentado nesta quarta-feira, 20/09, pela relatora, senadora Leila Barros (PDT-DF), o substitutivo ao projeto de lei que regulamenta o Mercado Brasileiro de Redução de Emissões (MBRE) teve pedido de vista coletiva aprovado na CMA. “Precisamos fazer algumas adequações, por meio de emendas, para deixar claro quando e como será a regulação domercado de carbono para alguns setores, como agro”, explicou Tereza Cristina. “A senadora Leila esta sensível às questões”, completou.

O substitutivo ao PL 412/2022 foi elaborado pela relatora com base no texto original, do ex-senador Chiquinho Feitosa (CE); no parecer da Comissão de Assuntos Econômicos elaborado pelo então senador Tasso Jereissati (CE); nos projetos que tramitavam em conjunto e nas diversas emendas apresentadas; e nas sugestões de entidades ouvidas em audiências promovidas pela CMA. O MBRE está previsto na Política Nacional sobre Mudança do Clima (Lei 12.187, de 2009).

Leila destacou a “escuta ativa de diversos setores” que a levaram compreender “como esse mecanismo poderia nos colocar no rumo da transição ecológica”. Segundo a senadora, o substitutivo é fruto de um amplo consenso, de modo a viabilizar a transição para uma economia de baixo carbono.

Com informações da Agência Senado

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