Com o objetivo de zerar as emissões de carbono nos escopos 1 e 2 até 2030, a Natura anunciou uma parceria estratégica com a Ultragaz para substituir combustíveis fósseis pelo gás biometano em sua fábrica de Cajamar (SP). Essa iniciativa contribuirá para a redução anual de aproximadamente 1.238 toneladas de CO₂.
A colaboração prevê a construção de uma central de armazenagem e distribuição do biometano, que será utilizado tanto nas caldeiras da fábrica quanto na frota de caminhões de transporte da empresa. A nova estrutura começará a operar em maio de 2025, permitindo que a Natura reduza em 20% as emissões de carbono no complexo industrial.
O biometano, obtido a partir da decomposição de resíduos orgânicos como lixo urbano, dejetos agrícolas e resíduos industriais, surge como uma alternativa sustentável aos combustíveis fósseis. Além de promover a economia circular ao transformar resíduos em energia renovável, a iniciativa reforça o compromisso da Natura com uma matriz energética mais limpa e diversificada.
Benefícios ambientais e econômicos
Segundo Josie Peressinoto Romero, vice-presidente de Operações e Logística da Natura, a iniciativa trará ganhos ambientais e financeiros, reduzindo custos na produção de vapor e no abastecimento da frota. "Nosso compromisso é tornar a Natura um negócio regenerativo até 2050. Essa parceria com a Ultragaz está alinhada à nossa agenda de sustentabilidade e fortalece a ampliação do uso do biometano no Brasil", destaca Josie.
Erik Trench, diretor de gases renováveis da Ultragaz, também celebrou a parceria, ressaltando a importância do biometano na diversificação da matriz energética nacional. "A solução integrada para fábrica e frota reflete nosso compromisso com a transição energética do setor produtivo, oferecendo uma alternativa sustentável e eficiente aos nossos clientes", afirma.
Plano de transição climática da Natura
Em 2024, a Natura lançou um novo Plano de Transição Climática para enfrentar os desafios das mudanças climáticas. Desde 2007, a empresa adquiriu mais de 4 milhões de créditos de carbono e já evitou a emissão de 1,6 milhão de toneladas de gases de efeito estufa. No entanto, a marca entende que neutralizar não é suficiente e, por isso, busca zerar suas emissões.
A estratégia de descarbonização da Natura segue as diretrizes do Acordo de Paris e tem metas validadas pela Science Based Target Initiative (SBTi). Além de eliminar as emissões dos escopos 1 e 2 até 2030, a empresa pretende reduzir em 42% as emissões do escopo 3, engajando parceiros na busca por soluções sustentáveis.
Entre as ações implementadas está a Aliança Regenerativa, que reúne fornecedores para acelerar a adoção de práticas regenerativas em toda a cadeia de fornecimento. Em 2024, a Natura também lançou a primeira frota de carretas movidas a biometano, substituindo veículos a diesel no transporte de matérias-primas e produtos acabados em São Paulo.
Com essa abordagem inovadora e parcerias estratégicas, a Natura reafirma seu compromisso com a sustentabilidade e a construção de um futuro mais verde.
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